4- Fazendo sabom! Processo em frio.




Preparaçom dos utensílios.

Antes de nada, ser conscientes de que nom podemos utilizar utensílios de alumínio em nenhum momento se vai haver contacto com a soda, pois corrói o metal. Serve o aço inoxidável.

Necessitamos para fazer sabom:
1 Batedora. Podemos substitui-la polo nosso ánimo para remexer, mas teremos que ter conta que vai ser um bom pedaço!
1 Báscula
1 copo de vidro, plástico,… resistente ao calor, para diluir a soda na agua.
2-3 Colheres (mesmo paus) de madeira para remexer e misturar.
1 ola de aço inoxidável, plástico, vidro, para fazer a pasta de sabom (Aceite + lixívia)
Luvas, óculos para proteger os olhos, mascarilha.
Indicador de pH. (Opcional)
Molde. Podemos utilizar qualquer contentor (umha caixa, por exemplo) coberto de plástico, moldes de cozinha de silicone, teta-briks, moldes de madeira ou outros materiais protegidos com papel de enfornar,..

Segurança: Precauçom com a soda caustica!!

A soda caustica é umha substancia altamente corrosiva para a pele e os olhos, devido ao seu elevado pH, de 14. Recomendamos utilizar luvas e óculos de protecçom em quanto comecemos a utiliza-la, e roupa longa para evitar as salpicaduras sobre a pele.
Seguir sempre esta ordem: VERTER A SODA CAUSTICA DENTRO DA AUGA, nunca ao revés, pois pode ferver violentamente, estourar e salpicar.
Evitar a inalaçom dos vapores que se desprendem na diluiçom da soda na auga (mascarilha, ventilaçom), pois podem queimar-nos as vias respiratórias. A mascarilha também será necessária se utilizamos tinturas em pó.
Por se algumha vez se verte-se fora, é preferível prever fazendo esta mistura dentro do lava-louça, fora da casa,..
Trabalhar com umha garrafa de vinagre a carom, para neutralizar salpicaduras que pudessem danar as superfícies sobre as que trabalhamos, a roupa,… e sobre papel de cozinha ou jornal.
Nom utilizar utensílio nenhum de alumínio.
Calcular correctamente a soda da preparaçom, para evitar que fiquem resíduos cáusticos no nosso sabom.
Em caso de contacto da soda com a pele há que lavar-se com abundante auga. No primeiro contacto da soda com a pele nom sentiremos dor, que vai aumentando conforme a soda vai queimando a pele. Por isso, nom te confies! Se a soda entra em contacto com a pele compre lava-la rapidamente! Se o contacto é com os olhos, logo desta operaçom, acudir a um centro médico!

Conselhos bem úteis para nom levar surpresas inesperadas:

*Que a soda seja o mais pura possível >99%. Isto aparece indicado no envase do fabricante.

*Se a auga é destilada é muito mais difícil que se corte o sabom, e sempre se recomenda para fazê-lo. Em caso de que se corte o sabom só poderemos corregi-lo engadindo auga destilada, assim que vai cumprir te-la a mao. Melhor prever!

*É recomendável começar a experimentar partindo de receitas mui simples, reciclando aceites usados ou com aceite de oliva, que nom suponha um gasto mui elevado. Aqui vam um par de receitas que podem servir para principiantes...

Sabom de recicle (Para roupa, fregar,.. nom para a pele!):
1 kg de aceite usado
800 gr de agua
145 gr de sosa cáustica

Para experimentar com sabons cosméticos:
500 gr de aceite de oliva
62 gr de sosa cáustica
145 gr de agua destilada
(Sobre-engraxado 8%, Concentraçom 30%)

*Se imos utilizar umha receita que tiramos de internet, que nos deixou alguém, etc, nom está de mais comprovar que os cálculos estám bem feitos, seguindo todo o falado com anterioridade. Se imos modificar algumha receita, compre que recalculemos as quantidades de soda, para o novo tipo de aceites que utilizemos. É mui importante que a soda esteja bem calculada.

Começamos!

Começamos preparando o lugar de trabalho, estendendo folhas de jornal pola superfície, colocando a mao os utensílios,… Temos também preparado o molde.

Preparamos a mistura dos aceites seguindo a receita que tenhamos formulado. Se nela aparecem manteigas, cumpre fundi-las nos aceites, a lume lento, tentando que a temperatura nom suba mais dos 70 grados. Deitamos os aceites numha ola ou recipiente de plástico, vidro,…

Protegemos-nos maos e olhos e fazemos a dissoluçom alcalina. SEMPRE A SODA SOBRE A AUGA! E lembra que pode ser mais seguro realizar esta operaçom sobre o lava-louça. É preferível que a auga esteja bem fria, incluso em cubos de gelo, para evitar que ferva e se poda verter ou salpicar. Remexemos com umha colher de madeira ou de aço inoxidável. A lixívia deve repousar até que fica completamente transparente e sem restos sólidos. Se isto acontecesse, quiçá deveríamos revisar a pureza do álcali (a soda) que estamos utilizando. Também temos que ter em conta que as quantidades de auga e soda calculam-se pensando em auga destilada, que deveríamos utilizar preferentemente.

Quando a lixívia está lista, engadimos a disoluçom de soda aos azeites e remexemos. Compre que as duas misturas tenham temperaturas similares, ao redor dos 35-40 grados. Podemos utilizar a batedeira no modo mais lento.

Ponto de traça

Passado um tempo começará a estar ligada, e neste momento poderemos engadir os aditivos (farinha, argila, mel, plantas, aromas,…), remexer e vaziar no molde. Sabemos que está lista quando as gotas que pingam da batedeira sobre a mistura ficam debuxadas na superfície, ou quando se debuxa o passo da colher, quando fica a traça ou o rasto. Conhece-se a este momento da elaboraçom como “traça” (trace em inglês), e é aquele no que umha quantidade de aceite suficiente está saponificado como para continuar a emulsionar a mistura. Segundo o que queiramos fazer com o sabom (por exemplo, se queremos desenhar com cores, fazer remoinhos,..), deixaremos a traça mais líquida ou espessa, mas isto aportara-no-lo a experiência. Neste momento colocamos no molde, sem deixar que o sabom perda demasiado calor, que necessitará para completar a saponificaçom. Envolvemos o molde num papel film de cozinha e logo numha toalha, para conservar o calor (já veremos mais adiante que as vezes nom imos fazer isto, se nom o contrario, para evitar a gelificaçom).



*Olho! Alguns aceites essenciais e outros aditivos podem acelerar a traça, deixando-a demasiado espessa! Por isto e pola melhor conservaçom da essência, é recomendável engadir os aceites essenciais sempre de últimos.

Passadas 24-48 horas aproximadamente, o sabom deve estar duro, listo para des-moldar, mas ainda o suficientemente brando como para proceder a corta-lo. Sabemos que está neste ponto se o sabom nom desprende calor, que comprovamos apalpando o molde. Cortamo-lo do jeito que nos apeteça e guardamo-lo num lugar fresco, seco e bem ventilado, separados uns sabons dos outros para que sequem.

Começa entom o processo de curado, no que rematará a saponificaçom, baixando o pH até o ponto em que se pode utilizar (pode durar alguns dias mais, sabe-se orientativamente quando, ao provar um bocado de sabom, este já nom pica), e continuaremos com o secado, no que o sabom perderá o excesso de auga, para obter a forma e tamanho definitivo. Compre virar diariamente o sabom para que o secado seja uniforme. Em total, o secado pode durar de 4 a 6 semanas, ainda que podemos acelerar o processo de secado metendo o sabom no forno a baixa temperatura (60 grados) para acelera-lo.

*Podemos saber se o nosso sabom esta listo para ser utilizado medindo o pH dum bocadinho de sabom diluído em auga. Se o resultado é básico, entre 9 e 10, o nosso sabom pode ser utilizado. Neste caso está finalizado o curado, mas o secado pode durar mais tempo. Algumhas artesãs preferem o sabom como o bom vinho: quanto mais velho, melhor.

*Mediçom do pH com… a lingua. Umha lambida ao sabom e, se nom pica, é sinal de que o nosso sabom é neutro, está listo para borbulhar com nós!
*Que nom nos desanime gastar dinheiro em moldes! Qualquer recipiente de plástico minimamente resistente ao calor pode servir-nos, resultando estimulante experimentar com as diferentes formas: sabons redondos com garrafas de auga, rectangulares com tuppers,...