5- Fazendo sabom! Processo em quente.




5- Fazendo sabom! Processo em quente.

O processo em quente do sabom denomina-se assim porque precisa dumha fonte externa de calor, que pode ser um forno ou bem ao banho maria, com duas olas. As vantagens do sabom em quente som:
-que remata antes o processo de saponificaçom, polo que o sabom pode-se utilizar, praticamente, depois de fazê-lo;
-Podemos engadir os colorantes, aditivos, aromas ao final da elaboraçom, sem medo a que se degradem ou perdam qualidade polo elevado pH que hai enquanto nom remata o processo de saponificaçom.

A desvantagem principal é a de que ficam sabons menos finos que com o processo em frio, com umha aparência, se queremos, mais rústica, que as vezes nom desejamos. Também nom permitem muitas das técnicas habituais de decoraçom e desenhos em cores.

Todo o processo é equivalente ao do processo em frio -e é recomendável ter experimentado este sistema antes de lançar-nos com o processo em quente-, excepto:
-Nom deixaremos sobre-engraxado, ou mesmo este será negativo, para liquidificar a mistura. O sobre-engraxado engadire-mo-lo ao finalizar, junto aos aditivos, quando remate a saponificaçom.
-Ao chegar a traça nem imos engadir aditivos nem verter no molde: imos meter a traça no forno (ou ao banho maria) a umha temperatura aproximada duns 80 grados.



Ao cabo de 30-60 minutos veremos como o sabom gelifica (fotos). Isto é algo que pode acontecer no processo em frio, se preservamos o calor com mantas ou moldes isolantes, sobre todo se as quantidades de sabom som grandes. As vezes, trabalhando em frio, nom desejamos que o sabom gelifique, especialmente se nom podemos garantir que a gelificaçom seja completa, pois pode provocar variações na textura e na cor de umhas a outras partes do sabom, como produzir borbulhas no seu interior. Pola contra, no processo em quente “forçamos” a gelificaçom completa. Quando todo o sabom gelifique (adopta umha forma semi-líquida e transparente tipo gel), e o seu aspecto seja homogéneo, remexeremos bem e voltaremos ao forno, ou bem, se trabalhamos a banho maria, faremo-lo sem retirar do calor.

O sabom, logo de gelificar, mudará de novo a sua textura, solidificará, resultará mais difícil de remexer, compactara-se e virará a umha cor opaca. Isto acontece aproximadamente logo de um par de horas de começar o processo. Podemos comprovar o pH do sabom, e se nos dá um resultado aceitável (diluindo um bocado em auga, um pH entre 9-10), dar a tarefa por concluída. Engadimos entom o aceite para o sobre-engraxado (podemos reservar com esta finalidade os aceites mais delicados), os aromas, os aditivos,..

*As essências aproveitam-se mais na elaboraçom em quente do sabom e nom é preciso temer que endureçam a traça, pois o processo de saponificaçom está rematado. Isso sim, temos que ter em conta a temperatura mais elevada, que pode volatiliza-las, polo que se podem colocar no molde, ou ir incorporando aos poucos e no último momento.
*Dependendo da quantidade de auga, a massa do sabom, logo de gelificada, será mais ou menos removível e moldara-se melhor. Um truque para fazer mais manejável a massa neste ponto, conseguindo umha massa mais fluída, e engadir ao sabom gelificado sal, até 1% do peso total do sabom, diluído 4-5 vezes o seu peso em auga destilada.

Exemplo

Sabom hot-process de loureiro



Umha receita bem singela para iniciar-nos neste tipo de elaboraçom do sabom.

Ingredientes:

275 g de azeite de oliva BIO abequina
93 g de hidrolato de romeu (podes substituir por auga destilada)
33,25 g de soda caustica (NaOH)
2 colheres de folha de loureiro seca e em pó
(Sobre-engraxado 5%)

Elaboramos o sabom como sempre, até o ponto de traça.
Neste ponto, preparamos um banho maria suave e pomos a traça em ele. Nos próximos 40-60 minutos o sabom começa a gelificar, tomando a aparência dumha compota de maçá. Devemos remexer bem neste ponto, até que toda a traça gelifique por completo.
Depois de gelificar, a massa mudará de aparência e espessará e ganhará opacidade. Isto sucederá arredor das duas horas de cocçom, aproximadamente.
O melhor jeito de saber se o processo de saponificaçom rematou, é medir o ph. Podemos itroduzir a tira na massa (ph=7), ou bem diluir num pouco de auga umha mostra de sabom. Neste caso, se o resultado está entre 9-10, o sabom está listo.
Este é o momento de engadir os aditivos, neste caso o pó da folha de loureiro que, além de um efeito esfoliante delicioso (o sabom mesmo ranha, mas eu adoro), consegue essa decoraçom final do sabom mui vistosa, acho. Logo de remexer bem o pó de loureiro, moldamos o sabom. Neste caso foi feito num teta-brik de base quadrada, e há que premer bem para que compacte. Deixamos que enfrie no molde, desmoldamos (eu aguardei umha noite) e o sabom está listo para o banho!